(Post de 2015, atualizado em 08 de julho de 2016).
Terça-feira, 08 de julho de 2014, semifinal da Copa do Mundo. A seleção verde-amarela sofria a maior humilhação da sua história e de todos os tempos! Tomou 7 a 1 da Alemanha do “professor” Joachim Low. E cabia mais…
Completa-se dois anos, e como passou rápido, assim são nossos dias, tudo parece voar. Naquela tarde no Mineirão o que vimos foi uma seleção alemã madura, afinal tudo começou a mais de 10 anos e que chegara no seu auge. Diante de um adversário inferior tecnicamente e com psicológico abalado. Somado a isso, sob o comando de uma comissão técnica obsoleta, superada — Relembre o post a respeito, aqui —.
Após a conquista supervalorizada da enganosa Copa das Confederações em 2013, o então treinador Luis Felipe Scolari, ao sair vencedor diante da Espanha, no momento do êxtase, da vitória, se sentindo acima do bem e do mal, destilando toda arrogância, prepotência, falta de educação e respeito, mandou todos para o inferno, o que demonstrou incapacidade de aceitar perguntas, críticas, opiniões diferentes e sensatas, mesmo diante de tal momento.
Chegamos ao tão sonhado mundial e o discurso de favorito estava afinado. O ‘vamo que vamos’ a todo vapor, defensores da reedição da “família Scolari” e outras coisas do tipo. Muitos acreditavam que tais bobagens fariam com que o hexa fosse alcançado. No futebol atual não há mais espaço para isso! O resultado visto foi um grupo de jogadores mal treinados, sem jogadas ensaiadas e padrão tático inexistente. Nenhuma novidade, nada que minimamente aproximasse de uma equipe de verdade.
O time de Felipão ainda foi longe, sem merecer! Dias antes, no mesmo palco do inesquecível 7×1, poderia ter sido eliminado pelo Chile de Jorge Sampaoli, principal responsável por fazer sua seleção dar um banho tático na do comandante brasileiro. Por pouco, o limitado Mauricio Pinilha que atuou no Vasco (2008), fez o gol que eliminaria o Brasil de forma precoce. Mas, diante da Alemanha, não teve a menor chance. Foi um baile, uma aula onde propiciou a oportunidade de se deparar com a realidade. Jamais colaria a tentativa tacanha de Scollari, Carlos Alberto Parreira e alguns da imprensa em argumentar que o motivo do massacre devesse a um simples apagão.
Nesse período aconteceram inúmeros casos, sendo a maioria de coisas ruins em relação futebol brasileiro. Quem “presidia” a CBF, está preso. Outros se afastaram e são investigados. Voltaram ao passado com a escolha de pessoas questionáveis para iniciar importantes reformulações, aguardadas por todos torcedores. Ganhar a Copa América não traria benefício nenhum, ao contrário, poderia iludir como até os inúteis amistosos já começavam a servir de defesa e suporte para Dunga.
O orgulho, teimosia e a falta de vontade dos cartolas, atrasam a tão necessária renovação. Por que a relutância em não trazer profissionais bem-sucedidos do exterior com novos conceitos, métodos modernos e que tenham currículo vencedor?
É uma pena que após 365 dias, o que se vê é uma seleção com pobreza técnica e principalmente na parte tática, a falta de repertório, sem perspectivas, sem alma e ainda nas mãos de pessoas despreparadas para conduzir à urgentes mudanças. Enfim, um ano do 7 a 1 e nada mudou. Nunca é tarde, vilã de 2014 é o exemplo a ser seguido.
P.S O sucesso da seleção Alemã em 2014, deve-se à reformulação após 2002. Diante de um período ruim, a partir de uma tomada de consciência, deu início a um trabalho sério com gente capaz, possibilitando assim, a transformação no futebol como um todo no país. Na entrevista concedida à ESPN Brasil, Paul Breitner, ex-jogador e que trabalha no Bayern de Munique, conta como se deu esse processo. Imperdível. Clique abaixo e assista.